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Vera Deboni avalia cenário de violência na TV Assembleia

Vera Deboni avalia cenário de violência na TV Assembleia

A vice-presidente Administrativa da AJURIS, Vera Lúcia Deboni, concedeu entrevista ao programa Perfil da TV Assembleia. Apresentado pela jornalista Magda Beatriz, o programa foi ao ar na noite de sábado (14/01), às 21h30, e teve reprise no domingo (15/01), às 22h.

A magistrada falou sobre o atual cenário de violência, salientando que alguns recortes populacionais demandam políticas públicas diferenciadas: “O Brasil teve um grande avanço, mas tenho percebido retrocessos”, afirmou ela. “A população continua crescendo, a complexidade das demandas continuam crescendo e nós não estamos encontrando respostas na política pública para dar conta disso. Isso traz como consequência um aumento importante do envolvimento de jovens em criminalidade”.

Vera Deboni explica que, para tentar traduzir o Estatuto da Criança e do Adolescente, é usado o símbolo da sinaleira: quando há políticas públicas atendendo todos que precisam, o sinal verde está piscando e o fluxo da vida segue normalmente; quando essa política pública precisa ter atenção com determinadas vulnerabilidades, como por exemplo quando há abandono ou abuso sexual, é o sinal amarelo que começa a piscar e requer atenção. “Quando nada disso acontecer na demanda e com a qualidade necessária, a luz vermelha vai piscar e interromper esse trânsito natural. É quando acabamos prendendo os jovens porque todas as políticas públicas não chegaram neles, o Estado como um todo não prestou atenção e não alcançou a política pública no tempo certo e eles acabam se envolvendo com criminalidade. Aí nós só temos uma resposta, que é absolutamente perversa: trazer para o sistema de Justiça, responsabilizar e muitas vezes encarcerar esse jovem”, lamenta a vice-presidente da AJURIS. “Nós estamos tendo um aumento significativo do número de encarceramento tanto dos adolescentes como da população jovem, e isso para mim é reflexo de uma não política pública, de um não olhar, de uma não garantia de direitos que deveriam estar sendo atendidos lá atrás”, conclui a magistrada.

Em cerca de 40 minutos de entrevista, dividida em dois blocos, a magistrada nascida em Santa Catarina conta os motivos que a fizeram vir para o Rio Grande do Sul, o início da carreira como pretora e depois como juíza de Direito, os desafios das mulheres na Magistratura e as mudanças no perfil e na atuação dos magistrados. “Houve um tempo em que havia uma expectativa de juízes austeros. Acho que hoje ninguém mais está esperando austeridade, mas serenidade e muita humanidade. Que nós possamos ser acolhedores, que a gente tenha espaço de escuta com as pessoas, que a gente dê a palavra às pessoas”, destacou ela.

Confira a entrevista na íntegra abaixo:

Bloco 1:

Bloco 1 – Continuação:

 

Bloco 2:

 

Bloco 2 – Continuação:

 

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