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‘Pensando o judiciário do presente’, por Patrícia Laydner

‘Pensando o judiciário do presente’, por Patrícia Laydner

Imagine juízes ativamente envolvidos na criação de ferramentas que facilitem o trabalho jurisdicional. Durante um recente curso de atualização promovido pela Escola da Ajuris, sediado no Instituto Caldeira, hub de inovação e empreendedorismo, esse cenário ganhou vida. Durante o curso, os participantes exploraram o funcionamento do ChatGPT, ferramenta de inteligência artificial capaz de produzir conteúdo diversificado.

O estudo constante é uma realidade na carreira dos magistrados, não apenas por exigências profissionais, mas também pela compreensão de que o direito e a vida são dinâmicos. À medida que a inteligência artificial e a transformação digital ganham espaço, o sistema jurídico não pode ignorar essas mudanças. A incorporação dessas ferramentas talvez traga benefícios significativos ao trabalho jurisdicional, otimizando processos e reduzindo a burocracia.

No entanto, é importante reconhecer que o uso de ferramentas como o ChatGPT ainda gera debates intensos. Os juízes devem estar conscientes das potencialidades e dos riscos envolvidos, compreendendo os desafios éticos e legais que acompanham a inovação. É necessário garantir a proteção da privacidade, a transparência dos algoritmos e a imparcialidade na aplicação dessas tecnologias.

O conhecimento das novas tecnologias e a disposição para abraçar a inovação são, assim, fundamentais. A adoção responsável e criteriosa dessas ferramentas pode trazer benefícios significativos para a eficiência e a qualidade do trabalho jurisdicional, desde que respeitados os princípios éticos e legais. O constante aprimoramento nesse campo é indispensável.

Durante o curso no Instituto Caldeira, os juízes se tornaram protagonistas de um cenário inovador, demonstrando que a busca pelo conhecimento e a disposição para abraçar a tecnologia são essenciais para aprimorar a atuação jurisdicional em um mundo cada vez mais conectado e dinâmico. Nesse contexto, a integração entre conhecimento, inovação e o papel ativo dos juízes se revela como um caminho promissor para transformar o trabalho jurídico e impulsionar a Justiça para o futuro.

Patrícia Antunes Laydner, juíza de Direito e diretora da Escola da AJURIS

Artigo publicado na edição de 1º/7/23 do jornal Zero Hora