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Os Tesouros da Vida, por Luis Carlos Rosa

Os Tesouros da Vida, por Luis Carlos Rosa

Artigo de autoria do juiz de Direito Luis Carlos Rosa, publicado no dia 10 de dezembro em coluna semanal no Jornal das Missões, de Santo Ângelo.

Neste mês estarei completando um ano como colunista deste importante meio de comunicação, semanalmente, aos sábados, tenho ocupado um espaço no Jornal das Missões, onde escrevo, especialmente, sobre histórias de minha vivência profissional, histórias vividas em sala de audiência do Juizado Regional da Infância e Juventude, além de histórias de vida as quais me proponho a fazer uma reflexão, respeitando sempre a intimidade das pessoas.

Ao iniciar essa caminhada, não imaginava eu a extensão que essa proposta poderia alcançar, hoje vejo a importância e a responsabilidade que um comunicador de imprensa tem, diversas pessoas tem me abordado na rua para me dizer que lêem assiduamente minhas colunas e que se enxergam nelas, mais, que se compadecem com o destino das pessoas e com as histórias que retrato nos escritos. Essa semana no mínimo quatro pessoas desconhecidas chegaram até mim referindo isso, o que me enche de satisfação e me dá uma responsabilidade ainda maior.

Não creiam caros leitores que seja fácil escrever, é necessário medir as palavras para emitir um pensamento, notadamente quando se tem a percepção de que de alguma forma somos formadores de opinião. Durante esses quase doze meses de colunas semanais, por três ou quatro vezes, simplesmente a escrita não fluiu, a inspiração não veio, deixando eu de enviar a coluna, em uma dessas ocasiões, na semana seguinte, fui cobrado por uma senhora desconhecida, na área de atendimento do Banco do Brasil, cobrando-me ela do porque não tinha escrito nada naquela semana, ali percebi as minhas responsabilidades.

O reconhecimento das pessoas pelos nosso feitos é algo precioso, o sentimento de se sentir valorizado e útil, particularmente, para mim, é um dos tesouros da vida. Em vários momentos sou abordado nas ruas por pais que adotaram e que me mostram fotos dos filhos, ou mesmo que me apresentam as crianças, todos muito felizes e satisfeitos, outras vezes encontro adolescentes que foram abrigados, ou que ainda estão em abrigos e vêm me cumprimentar, assim como jovens que cumpriram medidas socioeducativas e que estão em outro momento.

Outro tesouro inestimável são os amigos. Ninguém vive, sem amigos verdadeiros, uma boa amizade, um dedo de prosa, ter alguém que você sabe que não tem lado para chegar, alguém, como dizia meu pai “que tira a camisa por ti”, que faz o que for preciso nos momentos de necessidade não tem preço. Agradeço a Deus pelos meus amigos do peito, por eles topo qualquer parada, coloco, literalmente, a mão no fogo, nunca os abandonarei, como sei que também nunca deixarão de me estender a mão.

Mas sem dúvida o maior dos nossos tesouros é a família, o aconchego do lar, a presença da pessoa que você sabe que venha o que vier estará ali para te dar o suporte é fundamental. E os filhos, o que dizer dos filhos, meu Deus, tire-me a vida, mas não a de meus filhos, agradeço todos os dias, levanto as mãos ao céu pela graça dos filhos maravilhosos que tenho