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Empoderamento: a defesa da transformação social e coletiva

Empoderamento: a defesa da transformação social e coletiva

Debate destaca entraves e desafios para a ocupação de espaços decisionais pelas mulheres.

A série de debates promovida pela AJURIS, em alusão ao mês da mulher, com a temática “Lugar de mulher é onde ela quiser”, foi encerrada na noite de quinta-feira (30/3), com a realização do evento “Empoderamento feminino”. Com a mediação da vice-presidente Administrativa da AJURIS, Vera Deboni, e tendo como debatedoras a desembargadora aposentada Elaine Harzheim Macedo, a juíza de Direito Madgéli Frantz Machado e a professora de Psicologia da UFRGS e PhD em Psicologia Social e Institucional, Raquel Silveira, o painel mesclou análises sobre educação, comportamento, legislação, e muita reflexão sobre o papel da mulher também como estimuladora das mudanças na sociedade. 

Madgéli, que é juíza titular do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital, relacionou a busca pelo empoderamento com a educação e, principalmente, com a necessidade de se iniciar um processo de transformação social e coletivo. A magistrada defendeu ainda, para empoderar as mulheres, mais do que investir em educação é preciso ter políticas públicas que deem respaldo a isso, e que, as conquistas, os avanços, a superação podem contribuir para evitar o crescimento da violência.

A conscientização como sujeito da transformação foi apontada por Elaine Macedo, a primeira mulher a presidir o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE/RS). A desembargadora apresentou dados sobre a participação das mulheres nas instâncias divisionais do poder público e destacou  que os baixos índices de eleitas está relacionado com as oportunidades e a visibilidade que se dá para as mulheres. “Juntas somos mais fortes, mas precisamos falar mais para os homens sobre essa transformação”.

A psicóloga Raquel Silveira, destacou ainda o desafio de se encontrar mulheres negras empoderadas. “Existem marcadores sociais que nos colocam em lugares diferentes e nós precisamos enfrentar isso”. A professora destacou que na tese de doutorado se iniciou na discussão das relações raciais. “Como uma pessoa branca que me beneficio da estrutura racista eu nunca tinha pensado sobre isso”. Quando se fala de empoderamento, ela pontuou que esse ainda é um conceito subjetivo. “Essa criança nasce num mundo que tem discursos disponibilizados que vão colocar a pessoa em relações de poder e saber diferenciados e vão construir a sua percepção de mundo a partir daquilo que está disponibilizado”.

A banda Expresso Livre animou o encerramento das atividades.

Jéssica Nucci,  Augusto “Gutz” Constantino,  Vicente Guindani, Yuri Ebenriter, Laura Lazzarotto, Gabriel Torelly e Augusto Furtado, apresentaram um repertório rico em poesia, empoderamento, brasilidade.
 httpv://www.youtube.com/watch?v=5Zk3slhmm1Q

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