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AJURIS participa de audiência pública sobre FUNDOPREV

AJURIS participa de audiência pública sobre FUNDOPREV

Presidente Gilberto Schäfer também destaca atuação da Associação para evitar prejuízos aos servidores com Lei de Previdência Complementar.

A AJURIS participou, na manhã desta quinta-feira (15/9), de audiência pública da Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa, para tratar sobre o Fundo Previdenciário – Fundoprev e o Fundo Previdenciário dos Servidores Militares – Fundoprev/Militar. O presidente da AJURIS, Gilberto Schäfer, e o diretor da Escola da AJURIS, Cláudio Luís Martinewski, participaram da reunião, na qual foi apresentado um diagnóstico sobre os fundos e as perspectivas para o futuro da questão previdenciária do RS.

O desembargador Cláudio Luís Martinewski, ex-presidente do Conselho Deliberativo do IPERGS, fez encaminhamento no sentido de pedir aprovação dos PL 176 e 177, sobre o plano de amortização do déficit atuarial do regime financeiro de capitalização do regime próprio de Previdência Social. Solicitou, ainda, que fosse reapresentado juntamente com os PLs a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de autoria do deputado Ronaldo Santini que, segundo  o magistrado, constitui numa “blindagem dos fundos previdenciários do Estado, trazendo garantia constitucional impossibilitando que qualquer governo sinta-se tentado a desviar os fundos de sua finalidade”.

O presidente do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPERGS), José Parode, apresentou um resumo sobre a situação do Fundoprev e FundoPrev Militar, e respondeu questionamentos elaborados por parlamentares e apresentados pelo presidente da Comissão, o deputado Ronaldo Santini (PTB).

Parode apresentou dados sobre os fundos, que somam 21.500 contribuintes, e discorreu sobre a Previdência Complementar, objeto do PL 303/2015, aprovado em outubro do ano passado, em vigor desde o dia 19 de agosto de 2016 e válido para os servidores nomeados a partir desta data. “Temos um grande desafio a ser enfrentado. Mesmo com a Previdência Complementar, nossos problemas previdenciários não estarão completamente resolvidos”, pontuou, referindo-se à situação de crise econômica do RS.

Previdência Complementar

Ainda na esfera da previdência, Gilberto Schäfer, ressaltando a atuação histórica da AJURIS em defesa da previdência social e pública, destacou a preocupação que o regime de  Previdência Complementar instituída pelo Governo do Estado traz a todos os servidores públicos. “Nos preocupa a gestão do fundo e que tenha sido instituído apenas fixando o percentual de contribuição dos servidores, com o benefício indefinido. Os servidores se dedicam, trabalham e contribuem durante todo uma vida e não têm garantias”, frisa.

A AJURIS ingressou com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Tribunal de Justiça do RS questionando os artigos da Lei. A ação aponta que a legislação ofende o princípio da separação dos Poderes e o princípio da autonomia institucional do Judiciário em relação à administração e execução dos planos de benefícios de aposentadoria dos magistrados. No entendimento da AJURIS, ainda, a matéria só poderia ser regulamentada por uma iniciativa do Supremo Tribunal Federal (STF) através da Lei Orgânica da Magistratura (Loman).

Anteriormente, junto com a União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública ingressou, havia ingressado com outra ADI sobre a lei. A petição aponta a incompatibilidade da Lei Complementar 14.750/2015 e do Decreto nº 52.856/2016 com a Constituição Estadual, e a inconstitucionalidade por omissão, visto que a legislação proposta pelo Executivo viola a regra de compensação, a isonomia, a adoção facultativa do regime para os novos servidores e a ausência de estudo atuarial.

 

Juliana Campani

Departamento de Comunicação

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