17 set II Encontro Nacional de Juízas e Juízes Negros está com inscrições abertas
Entre os dias 8 e 10 de novembro, pela segunda vez, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios será palco do II Encontro de Juízes e Juízas Negros com a sociedade, que acontece no Auditório Sepúlveda Pertence do TJDFT, em Brasília. As inscrições gratuitas já estão abertas, seguem até o próximo dia 2 de novembro e podem ser feitas aqui.
O evento, promovido pela AJURIS e pela Associação dos Magistrados do Distrito Federal e Territórios (Amagis-DF) reunirá magistrados, professores, estudiosos, membros do Ministério Público, defensores, advogados, estudantes e cidadãos com o objetivo de fortalecer o debate em torno da promoção da igualdade racial.
Entre os temas que serão abordados no Encontro estão Direito da Antidiscriminação, Racismo no Sistema Educacional e Direito, Crise e Democracia, este com o professor Sílvio Luiz de Almeida, que esteve participando, em Porto Alegre, do seminário promovido pela AJURIS sobre os 30 Anos da Constituição Federal e os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
De acordo com dados do Censo do Poder Judiciário de 2014, realizado pelo Conselho Nacional de Justiça, mesmo a população brasileira sendo majoritariamente preta ou parda, apenas 15,6% da magistratura nacional é negra, derivando-se desse conjunto um total de 14,2% de pardos e 1,4% de pretos. Do universo de 35, 9% de juízas, apenas 1,5% se autodeclarou preta e 12,7% parda.
Essas informações, associadas a tantas outras que apontam a negritude como um marcador social que desiguala para pior, demandam de forma cada vez mais premente que se estabeleça reflexão e debate sobre o racismo em todos os planos em que se manifesta.
O primeiro encontro possibilitou a reflexão sobre a limitada representação da população negra nos espaços de poder. Esse ano, com o objetivo de amadurecer essa reflexão e ampliar o horizonte de análise, o eixo do Encontro será abordar o racismo estrutural, seu significado, sua presença na formação da sociedade brasileira, e como ele se manifesta nas diversas instituições e no plano individual. Para a construção de um Judiciário cada vez mais plural é necessário um esforço de toda sociedade em busca de uma evolução democrática.
O evento conta com o apoio da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), da Associação dos Juízes Federais (Ajufe), com co-realização da Associação dos Magistrados da Paraíba (AMPB), da Associação dos Magistrados do Estado de Pernambuco (AMEPE); da Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB), da Associação dos Magistrados Piauienses (AMAPI), da Associação do Ministério Público do Distrito Federal (AMPDFT) e Ordem dos Advogados Seccional do Distrito Federal (OAB/DF).
Confira abaixo a programação
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