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Madgéli Frantz Machado é uma das vencedoras do 3º Prêmio Donna Mulheres que Inspiram

Madgéli Frantz Machado é uma das vencedoras do 3º Prêmio Donna Mulheres que Inspiram

Reconhecida nacionalmente pela forte atuação no combate à violência contra a mulher, a juíza de Direito Madgéli Frantz Machado foi premiada na noite de sexta-feira (25/5) como uma das vencedoras do 3º Prêmio Donna Mulheres que Inspiram. A magistrada é vice-presidente Cultural da AJURIS e titular do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Porto Alegre.

A premiação celebrou os 25 anos da Revista Donna, do jornal Zero Hora, destacando o trabalho de mulheres gaúchas cujo trabalho são inspiradores e exemplo no Estado. O prêmio destacou a iniciativa de Madgéli que, em 2011, criou os Grupos Reflexivos de Gênero no Judiciário estadual, projeto que consiste na educação e reabilitação de homens que cometeram violência doméstica.

O trabalho desenvolvido tem como objetivo que o agressor adquira a consciência dos seus atos e efeitos e colabore para a mudança de pensamento. O projeto já contabiliza o atendimento a mais de 500 homens, tendo um resultado importante: apenas 3% dos concluíram os encontros previstos no projeto reincidiram.

Impossibilitada de comparecer na cerimônia de premiação, a magistrada foi representada pela psicóloga Ivete Machado Vargas, que integra a equipe desde o começo do projeto.

Em entrevista concedida para o caderno Donna, quando foi escolhida como uma das finalistas, Madgéli Machado destacou: “Muitos diálogos se repetem nas audiências. Eu pergunto: ‘O senhor agrediu ela?’. E eles respondem algo como: ‘Eu não bati. Eu só xinguei ela de vagabunda, empurrei e quebrei o celular dela’. Pouco adianta simplesmente condenar se ele não sabe onde errou. A ideia é provocar uma reflexão responsabilizante – define a magistrada”.

Depoimento da magistrada

“A criação dos Grupos Reflexivos de Gênero para trabalhar com a reeducação dos homens que se envolveram em violência doméstica, foi um grande desafio, pois uma experiência até então inexistente no RS e no Poder Judiciário. Só foi possível porque a servidora do Poder Judiciário, Ivete Machado Vargas, que é psicóloga, aceitou a minha proposta e, juntas, ousamos, acreditamos que esse espaço de diálogo e reflexão responsabilizante é um instrumento efetivo para a transformação da cultura machista que leva à prática de condutas violentas contra as mulheres. Reeducando os homens, teremos mulheres e meninas respeitadas e livres da violência. E, de fato, os resultados têm sido surpreendentes!

O Prêmio recebido é o reconhecimento de um trabalho que só acontece porque é desenvolvido em equipe, inclusive com a participação de profissionais voluntários, que dedicam seu tempo em ações que fazem a diferença na vida das pessoas. De outra parte, mostra para a sociedade, que nós, juízas e juízes, não estamos somente a julgar processos, mas estamos conectados com o mundo, cientes da nossa responsabilidade social. Compartilho o Prêmio com as Magistradas e os Magistrados gaúchos e com todos que fazem o Projeto acontecer!”

Confira a reportagem da Revista Donna na íntegra:

https://revistadonna.clicrbs.com.br/premio-donna/premio-donna-2018-juiza-madgeli-machado-criou-um-projeto-para-mudar-o-comportamento-de-homens-que-cometeram-violencia-domestica/

 

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