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Andréa Pachá palestra sobre transformações sociais e tecnológicas e os desafios da Magistratura

Andréa Pachá palestra sobre transformações sociais e tecnológicas e os desafios da Magistratura

Participação integra a programação do XII Congresso Estadual de Magistrados

Em um cenário marcado pela velocidade das transformações sociais e tecnológicas, novos desafios são constantemente incorporados ao exercício da Magistratura. É papel do juiz estar atento e compreender o impacto dessas mudanças na prática jurisdicional, a fim de possibilitar que as regras jurídicas sejam devidamente adaptadas às recentes condições da realidade social.

A fim de contribuir com esse debate, a AJURIS promove, em setembro, a XII edição do Congresso Estadual de Magistrados. Com o tema Entre redes e muros: juízes e seus labirintos, o evento será realizado nos dias 28 e 29, em Bento Gonçalves, na serra gaúcha.

Especialista em direito de família, com mais de duas décadas dedicadas à Magistratura, a juíza Andréa Pachá é uma das convidadas que participará do painel Muros e pontes no horizonte dos juízes, programado para o dia 28 de setembro. A magistrada traz o olhar de quem, no cumprimento do seu ofício, teve a “sorte e o privilégio de assistir as profundas transformações experimentadas, tanto pelo Direito, quanto pelas famílias”, como ela própria descreve.

Em entrevista à AJURIS, a titular da 4ª Vara de Órfãos e Sucessões do Rio de Janeiro defende o compromisso do judiciário brasileiro na defesa de uma sociedade justa e solidária, além da importância de buscar formas eficientes para entender o conjunto de transformações vivenciadas pela sociedade. “Mais do que estar bem informado, é preciso compreender o impacto que essas mudanças causam tanto no exercício da profissão, quanto na compreensão da vida”, alerta.

Segundo Andréa Pachá, redesenhar o papel do juiz, frente a esse novo contexto, tem sido um exercício permanente e cotidiano. Ela destaca que o diálogo entre diferentes áreas de conhecimento configura-se essencial no enfrentamento dos novos desafios. “A justiça precisa se perceber parte integrante das mudanças, ser menos refratária a críticas e mais permeável às demandas que crescem, na medida em que se ampliam as desigualdades”, destaca.

Protagonismo

Marcado por uma cultura política enraizada pela corrupção, o Brasil tem visto o funcionamento das instituições públicas ser fortemente questionado por todas as camadas da população brasileira. Tal contexto, de acordo com a juíza, evidenciou ao Judiciário um papel de destaque, tornando-o tema de debate em várias esferas da sociedade. “O Judiciário, e por consequência o juiz, passaram a ocupar o protagonismo nunca antes experimentado, tanto nas questões políticas, quanto nas afetivas”, enfatiza.

Em grande parte, essa notoriedade é motivada pelos recentes acontecimentos que circundam o país. Mas, conforme destaca a juíza, também afetam as questões afetivas, principalmente, motivadas pelas novas configurações de família.

Sentimento de comunidade

“Vivemos em um mundo bombardeado pelo consumo, pelo individualismo”, critica a juíza. De acordo com a magistrada, despertar o sentimento de comunidade como forma de ampliar ações que promovam solidariedade, cooperação e reciprocidade é o principal caminho para os dilemas enfrentados pela sociedade. Segundo a juíza, esse papel também passa pelo Judiciário. “Já é possível perceber iniciativas criativas, focadas na cidadania, na ampliação do acesso à justiça”, destaca Andréa sobre a dedicação de magistrados na construção da Justiça imparcial e comprometida com a verdade.  

A magistrada lembra ainda que é essencial o profissional de Direito não esquecer a dimensão humanitária que lhe cabe. Para ela, o juiz deve, portanto, acompanhar as constantes transformações da sociedade, de forma a garantir o seu papel como ator social. “Somente dessa forma daremos efetividade a uma justiça pedestre e acessível aos cidadãos”, frisou.

Valor promocional

O prazo de inscrições com valor promocional para o XII edição do Congresso Estadual de Magistrados foi prorrogado até o dia 30 de junho. O valor das inscrições realizadas a partir do dia 1º de julho terá acréscimo de R$ 50,00.

Inscreva-se: goo.gl/CzkYMQ

Teses

Está aberto prazo para envio de teses. Para incentivar a participação, os primeiros cinco estudos submetidos irão garantir a isenção da inscrição ao autor.

A tese deverá conter o título, o nome do autor, a justificativa, o desenvolvimento, as conclusões ou recomendações e as indicações bibliográficas, quando for o caso e deverá ser enviada à AJURIS, através do e-mail leticia@ajuris.org.br  

Confira o regimento e outras informações sobre o Congresso: https://goo.gl/Gy7VXZ

 

Texto: Vinícios Sparremberger
Departamento de Comunicação
Imprensa AJURIS
51 3284.9141
imprensa@ajuris.org.br