26 jun Estúdio Gaúcha debate crise de violência no RS
O programa Estúdio Gaúcha debateu na última sexta-feira (23/6), a crise de violência enfrentada pelo Rio Grande do Sul. O debate a partir da morte do escrivão e chefe de investigação da 2ª Delegacia de Polícia de Gravataí, Rodrigo Wilsen da Silveira, ocorrida durante operação contra o tráfico de drogas.
O juiz de Direito Orlando Faccini Neto assessor da Presidência da AJURIS participou do programa e destacou a manifestação de pesar e de solidariedade da Associação com a morte. O magistrado pontuou, ainda, a importância de se estabelecer o diálogo entre as instituições sem deslocar a responsabilidade pelos fatos da pessoa que apertou o gatilho. “Não foram os juízes, os magistrados, que proferiram decisões nos processos respectivos, tampouco foram os promotores que exauriram seus pareceres os responsáveis por essa morte”.
Ouça íntegra:
Para o juiz em sinal de respeito pela morte deste policial, uma avaliação das instituições sobre o enfrentamento da questão. “É preciso que a barbárie desta morte e a irracionalidade que ela revela não nos contamine. É preciso que discutamos esse problema terrível que é o da violência humana, o das condições de trabalho dos policiais, porque o policial que foi morto e os demais que estavam na diligência recebem o seu salário parcelado, provavelmente tinham armamentos deficientes para o ensejo, e consequentemente, se a gente não refletir com alguma cautela vamos caminhar numa situação da via mais fácil, e o problema não se resolve”.
A má gestão do Estado com relação a violência pública, a atuação dos órgãos de Estado no combate à violência, a ausência de vagas para semiaberto, o sistema de progressão de penas, entre outros assuntos foram debatidos.
Participaram o coordenador do Caocrim, promotor Luciano Vaccaro, o presidente do Sinpol-RS, Emerson Lopes Ayres, o delegado da DAAI da Polícia Civil, Joerberth Pinto Nunes e o promotor Eugênio Paes Amorim.
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