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Café Cultura destaca programação da AJURIS em homenagem às mulheres

Café Cultura destaca programação da AJURIS em homenagem às mulheres

A vice-presidente Cultural da AJURIS, Rute dos Santos Rossato, concedeu entrevista ao programa Café Cultura, da rádio FM Cultura, na manhã desta quarta-feira (15/3) sobre o painel Mulheres X Preconceito, que acontece amanhã (16/3, quinta-feira), às 18h30, na Escola da AJURIS. O evento faz parte da série de atividades promovidas pela Associação durante todo o mês de março em alusão ao Dia Internacional da Mulher.

“Tivemos a preocupação de convidar painelistas que representem mulheres de diversos segmentos, então prima pela diversidade. Vários tipos de preconceito são enfrentados no dia a dia”, explicou a magistrada.

O painel Mulheres X Preconceito conta com a participação da youtuber Ana De Césaro; da ouvidora-geral da Defensoria Pública do Estado, Denise Dora;  da doutora em Educação e integrante da ONG Maria Mulher, Maria Conceição Fontoura; e da coordenadora do setor de Políticas para a Criança e o Adolescente na Secretaria de Desenvolvimento Social, Justiça e Direitos Humanos do RS, Adriana Souza. A mediação do debate será da diretora Cultural da AJURIS, Márcia Kern.  

Questionada se o principal preconceito ainda ocorre no mercado de trabalho, a vice-presidente Cultural da AJURIS lembrou que o problema é muito mais amplo. “O mercado de trabalho é o mais visível, mas o preconceito também é enfrentado em situações domésticas, em situações sociais, como por exemplo a homofobia, a gordofobia, a discriminação política, pois as mulheres ainda ocupam muito poucos lugares de destaque e de poder”, avaliou ela.

O apresentador do programa, Marcelo Begter, lembrou que a revista norte-americana Science publicou uma pesquisa mostrando que aos 6 anos as meninas já se sentem menos inteligentes que os meninos, ou seja, percebem desde muito cedo o preconceito: “Isso tem a ver com a pauta do nosso segundo painel, que acontece no dia 23 de março e fala sobre o esaprincesamento”, lembrou a magistrada. “As meninas são educadas já de uma forma discriminatória, sempre pensando em ocupar um lugar subalterno na sociedade. Isso vem desde a infância, é responsabilidade dos pais, da família. É preciso ter essa consciência desde os primeiros anos da educação da criança.”

Sobre a contribuição da Justiça para a diminuição do preconceito, Rute Rossato destaca que o Judiciário atua principalmente na questão das mulheres que sofrem algum tipo de violência, principalmente a doméstica. “Elas têm um atendimento especializado no Juizado da Violência Doméstica e são tratadas ali com respeito, com dignidade. A Justiça atua basicamente nessas questões onde ocorre a agressão, seja ela física ou psicológica”, esclareceu.

O evento “Lugar de mulher é onde ela quiser” teve início no dia 8 de março, com a abertura da exposição do coletivo de mulheres Nectarina – Bordados Subversivos, que continua aberta para visitação até o dia 30 de março, das 9 às 18h, na Pinacoteca da AJURIS (Celeste Gobbato, 229). No mesmo dia, houve apresentação do grupo Alabê Ôni.

O próximo painel acontece no dia 23 de março, às 18h30, tendo como tema o Desaprincesamento. No dia 30 de março, finalizando o evento, ocorre o painel Empoderamento Feminino e logo após apresentação da banda Expresso Livre.

As atividades são abertas ao público e ainda é possível garantir lugar. Faça sua inscrição goo.gl/x6oC4g. A organização sugere como ingresso a doação de produtos de higiene pessoal (absorventes, sabonetes, creme dental e etc) que serão destinados ao Sistema Penitenciário Feminino.  

Mais informações pelo site https://lugardemulhereondeelaquiserblog.wordpress.com/blog/

Ouça a entrevista na íntegra: