09 jan Presídio Feminino de Lajeado: resultados altamente positivos no primeiro ano de funcionamento
O diretor do Foro da Comarca de Lajeado, Luís Antônio de Abreu Johnson, participou, por telefone, do programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, desta terça-feira (9/1) para falar sobre os resultados obtidos no Presídio Feminino de Lajeado, que hoje completa um ano de funcionamento. Segundo o magistrado, os objetivos para esse primeiro ano foram alcançados e apresentam um balanço altamente positivo.
O juiz de Direito destaca que o presídio foi concebido pelo poder público – representado pelo Poder Judiciário das Comarcas de Lajeado, Estrela e Teutônia, Ministério Público e Prefeitura Municipal de Lajeado – e pela comunidade através da Associação Lajeadense Pró-Segurança Pública e do Conselho da Comunidade. Para Johnson, o grande diferencial do local é o sistema de educação e trabalho, que possibilita a ressocialização. “As detentas, apenadas ou reeducandas trabalham e estudam diariamente dentro do presídio. Implantamos, logo no início, por meio da Secretaria de Educação, um Núcleo Estadual de Educação de Jovens e Adultos (NEEJA), que chamamos de Escola da Liberdade”, conta, acrescentando que as aulas acontecem de segunda a sexta-feira, das 13h30 às 17h30.
Há aulas nos níveis fundamental e médio. O ensino utiliza o sistema multisseriado, feito por cinco áreas de conhecimento: linguagens, ciências físicas, biológicas, humanas e matemática. São quatro professores atuando na escola do presídio, que conta também com uma coordenadora pedagógica e um diretor.
Além das aulas, há o trabalho, também realizado diariamente. São as próprias detentas que limpam o local e preparam as próprias refeições: “Elas são responsáveis pela limpeza, cozinham e mantêm o presídio de forma exemplar. Tem um curso de cabelos que pode ser feito por elas, e já foi instalado pela comunidade um salão de beleza. Estamos trabalhando para que elas tenham ainda outras possibilidades profissionais, como cursos de manicure e maquiagem. Isso tudo tem um objetivo fundamental, que é resgatar a autoestima.”
Em um ano de funcionamento, não foi registrado nenhum caso de reincidência daquelas que já estão livres. “De todas que já cumpriram a pena, nenhuma delas se envolveu com o crime. Não temos nenhum registro de entrada de drogas no presídio feminino, nem celulares, nenhum caso de indisciplina”, comemora o magistrado. “Pautamos desde o início, com Superintendência de Serviços Penitenciários e os agentes que lá trabalham, a questão da disciplina e da responsabilidade carcerária”, frisa.
Confira a entrevista na íntegra:
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