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Prêmio AJURIS Direitos Humanos anuncia vencedores de 2023

Prêmio AJURIS Direitos Humanos anuncia vencedores de 2023

Os grandes vencedores do Prêmio AJURIS Direitos Humanos foram anunciados nesta segunda-feira (20/11) nas categorias Boas Práticas, Monografia Acadêmica, Fotografia, Jornalismo e Ayres Britto de Liberdade de Expressão. Dos mais de 80 projetos inscritos, 19 foram escolhidos finalistas pelo corpo de jurados. Os vencedores receberão ao todo mais de R$ 30 mil em prêmios. 

Durante a abertura do evento, o presidente da AJURIS, Cláudio Martinewski, destacou o protagonismo da entidade em ações que busquem combater as desigualdades. “Precisamos reafirmar questões que envolvem os direitos humanos para não permitir que atrocidades que atacam a população aconteçam”, disse. 

A diretora do Departamento de Direitos Humanos da Associação, Karen Luise Vilanova Batista de Souza, responsável por organizar o prêmio, enfatizou que a solenidade trouxe para o centro da discussão a questão racial por acreditar na importância de discutir a emancipação da população negra. “Quando falamos de direitos humanos em nosso país, estamos falando de direitos e de não direitos experimentados pela população negra”, destacou. A mesa de abertura ainda teve a participação da diretora da Escola da AJURIS, Patrícia Laydner, da secretária de Educação do Estado, Raquel Teixeira, do integrante da Comissão de Direitos Humanos do Tribunal de Justiça do RS desembargador João Batista Marques Tovo, e do presidente do Sicredi-AJURIS, Danúbio Edon Franco.

O primeiro painel do evento discutiu a importância de constituir políticas públicas para a população negra. A deputada estadual Bruna Rodrigues, uma das painelistas, falou sobre a constância do sistema racista, que segue estruturado nas instituições e nos Poderes. “Ser negro é uma condição da minha constitucionalidade. Eu preciso enfrentar o racismo todos os dias. Entro no plenário, e trocam meu nome todos os dias. Não tenho direito a nome”, disse.

A secretária Raquel Teixeira, também presente na palestra, reafirmou a importância da educação para garantir políticas públicas e acesso à informação. “A escola pública é um dos equipamentos sociais mais importantes para a manutenção da democracia”, destacou. O debate ainda teve a presença da defensora pública Gizane Mendina Rodrigues, do procurador do Estado Jorge Terra e do promotor de Justiça Leonardo Menin.

O último painel da tarde trouxe virtualmente a participação do ministro Ayres Britto, que recebeu como homenagem o nome de uma categoria nesta edição do prêmio. Em sua fala, o ministro comentou a tentativa de “democraticídio”, como ele mesmo definiu, que o Brasil sofreu em janeiro deste ano. “À medida que vamos ampliando a democracia e a liberdade de expressão, mais cresce a dignidade das pessoas”, disse. 

A premiação dos vencedores foi realizada ao final do evento, com a presença de alguns finalistas inscritos. 

Confira as classificações das categorias:

 

Boas práticas

1º lugar – Orquestra Villa-Lobos da Escola Heitor Villa Lobos

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2º lugar – Impulso Educativo do Instituto Pobres Servos da Divina Providência

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3º lugar – Programa de proteção a crianças e adolescentes ameaçados de morte do Rio Grande do Sul do Centro Educacional São João Calábria

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Monografia Acadêmica

1º lugar – O trabalho escravo no Brasil contemporâneo e a violação de direitos humanos: uma análise à luz da biopolítica e do paradigma do campo, de Iury Batista dos Santos

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2º lugar – Do processo à efetividade, “passando pelos sinos”: o processo estrutural como instrumento de concretização do direito social à saúde, de Laura Guilherme Lopes

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3º lugar – Uma análise do garimpo ilegal e os danos socioambientais nas terras indígenas Yanomami, de Victória Moura e Cunha de Freitas

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Fotografia

1º lugar – Ubirajara da Costa Machado – Operação Resgate

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2º lugar – Frederico Magno – Crise Yanomami

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3º lugar – Jorge Leão – Remoção ou Expulsão?

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Jornalismo

1º lugar – Desafios perversos: como o aplicativo Discord virou ferramenta para envolver adolescentes em um submundo de violência extrema, de Monica Marques e equipe (Rede Globo)

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2º lugar – Se essa rua fosse minha, de Mariana Castagna Ferrari e equipe (Record)

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3º lugar – Aldeia luta pela sobrevivência na capital do país a menos de 20 minutos da praça dos Três Poderes, de Rafael Daguerre (Mídia 1508)

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Prêmio Ayres Britto de Liberdade de Expressão

1º lugar – Quem foi Manoel Padeiro, o “Zumbi dos Pampas”, que pode ser reconhecido como o primeiro herói negro do RS, de Camila Bengo (Zero Hora/GZH)

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2º lugar – Como se organizam os grupos que impulsionam protestos contra o resultado das urnas, de Humberto Trezzi (Zero Hora/GZH)

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3º lugar – Vítimas de trabalho escravo relatam o terror vivido no RS, de Rafael Silva e Janaína Oliveira (Agência Radioweb)

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