26 fev Perfil: Patrícia Laydner, vice-diretora da Escola da AJURIS
Natural de Porto Alegre, aos 45 anos Patrícia Antunes Laydner assume o cargo de vice-diretora da Escola da AJURIS para o biênio 2020/2021.
Graduada pela PUCRS, é Master II em Direito Ambiental e doutora em Ciências Jurídicas pela Université de Paris-Sud com foco na área do Direito Ambiental. A magistrada também é Especialista em Direito Europeu dos Contratos, pela Université de Savoie, na França, participou de formações e ministrou aulas na École Supérieure de la Magistrature, na França e na Université du Québec à Montréal (UQAM), no Canadá.
Juíza de Direito de Entrância Intermediária, ingressou na magistratura em 2005, quando assumiu a Comarca de Osório. Atuou também nas comarcas de Caxias do Sul, Sapiranga e Guaíba, onde atualmente é a titular da 3ª Vara Cível, da qual está licenciada, no momento, para a atuação associativa.
Laydner também é coordenadora da Unidade Ambiental ECOJUS, do Tribunal de Justiça (TJRS), setor responsável pelas diretrizes e boas práticas na gestão ambiental do Judiciário gaúcho.
Ser magistrada
Patrícia Laydner fala sobre o desafio de exercer a magistratura em um país como o Brasil, com diversos problemas estruturais e grandes desigualdades sociais, questões que inúmeras vezes, chegam ao Poder Judiciário: “o juiz é convidado a intervir em políticas públicas e a participar de grandes debates sociais, não se limitando a um mero resolutor de conflitos”, avalia.
Para além dos processos
Casada com Humberto, Patrícia é apaixonada por artes, dança e pela prática de esportes, encontrando nestas atividades a inspiração para encarar os desafios da jurisdição. Recentemente, descobriu no remo uma grande paixão, onde a busca por equilíbrio, coordenação e força se dá em contato direto com a bela natureza do Guaíba.
Como dica de leitura, sugere o romance francês “Outras vidas que não a minha”, de Emmanuel Carrière. “Além de narrar, com muita sensibilidade, uma história muito bonita, traz um episódio real vivenciado por juízes franceses que se lançaram numa cruzada contra o sistema na busca de soluções para o problema do superendividamento”, conta.
Apaixonada pela cultura francesa, sugere como destino um passeio de carro entre o vale do rio Dordogne e a região Midy Pyrénée, em torno das cidades de Toulouse e Albi, conhecida como terra natal do pintor Toulouse Lautrec. A região conta com diversos vilarejos medievais como Rocamadour, Bergerac e Sarlat, além de sítios geológicos e arqueológicos como Gouffres du Padirac e Grottes du Peche Merle.
Na sétima arte, Patrícia indica três filmes franceses: “Qual é o Nome do Bebê?” dirigido por Alexandre De La Patellière e Matthieu Delaporte; “Eu, Mamãe e os Meninos”, dirigido por Guillaume Gallienne; e “Até a Eternidade”, dirigido por Guillaume Canet.
Desafios da gestão
Em 2019, a magistrada foi responsável pela organização da 1º edição da AJURIS Sunset, realizado na Sede Campestre.
Na AJURIS, Laydner já contribuiu como Coordenadora do Conselho Editorial da Revista Multijuris (2010/2011), diretora do Departamento de Meio Ambiente e, na última gestão (2018/2019), esteve à frente da vice-presidência Social.
Na vice-direção da Escola da AJURIS, que completa 40 anos em outubro, a magistrada fala dos desafios da instituição e dos objetivos para o biênio: “Ser um centro de excelência na formação de magistrados e aspirantes à magistratura, fomentar a pesquisa jurídica com vistas à melhora da prestação jurisdicional e aprimorar o espaço de diálogo interinstitucional, dentro de uma visão de responsabilidade social e sustentabilidade econômica”, finaliza.
Texto: Joice Proença