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O Brasil de ontem, hoje e amanhã

O Brasil de ontem, hoje e amanhã

Getúlio Vargas, Luís Carlos Prestes e Olga Benário foram alguns personagens históricos da política brasileira citados pelo jornalista Pedro Doria durante a palestra de abertura do XV Congresso Estadual da Magistratura Brasileira nesta quinta-feira (7/9), no Hotel Sheraton, em Mendoza (Argentina). O profissional, que é fundador do site Meio, destacou que tentativas e efetivações de golpes de Estado no país não são raras, afinal esses acontecimentos cercam a construção da sociedade brasileira. A palestra foi mediada pela diretora da Escola da AJURIS, Patrícia Laydner.

Doria fez um retrato do Brasil com destaque para as similaridades históricas que ao longo das décadas se repetem.  Ao falar sobre a semelhança de opiniões que certos grupos reproduzem no país, o jornalista explicou como pessoas que nutrem o mesmo tipo de pensamento se organizam. “Sempre que nos colocamos em colônias ou grupos onde as pessoas reproduzem as mesmas ideias e falas, o resultado é que todo mundo vai ficando um pouco mais extremado em suas opiniões”.

O uso de algoritmos por plataformas digitais também foi um tema abordado por Doria. Netflix, Uber, Facebook, Twitter, Instagram e TikTok foram algumas das mídias em que o jornalista se aprofundou, explicando como os algoritmos se unem às redes neurais artificiais para manipular e organizar as informações disponíveis nesses espaços online. “O problema não é de liberdade de expressão, mas sim que as redes sociais escolhem quem será visto por milhões e quem será visto por dezenas. Por que não saímos das redes sociais? Estamos sempre lá porque os algoritmos funcionam e o objetivo deles é fazer com que a gente volte. Quem domina o algoritmo é quem faz o algoritmo”, enfatizou.  

Na prática, Doria frisou que o Brasil de ontem é parecido com o de hoje. No entanto, hoje as tecnologias digitais aceleram a propagação e o impacto das informações na sociedade. Com base nisso, o jornalista chamou a atenção para os perigos do uso irresponsável de tecnologias como a inteligência artificial, que pode ser transformada em uma ferramenta para qualificar a desinformação. “Redes sociais são a primeira geração de inteligência artificial, ou a gente regula as outras agora ou vamos rodar”, disse.