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Nota pública

Nota pública

Não é aceitável a morte brutal de uma parlamentar, líder comunitária e defensora dos direitos humanos; não é aceitável a morte de tantos negros; não é aceitável a morte de tantas mulheres e crianças; não é aceitável a morte de tantos excluídos e favelados. Não é aceitável a morte violenta e covarde de qualquer ser humano.

Os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, que chocam o país, simbolizam não apenas a grave crise da segurança pública na qual estamos imersos, mas também, e fundamentalmente, um sério atentado contra quem carrega consigo a indignação por todas estas mortes e injustiças sociais.

Os direitos humanos, dentre eles o direito fundamental à vida, não pertencem a um determinado grupo de pessoas, mas sim decorrem simplesmente da nossa condição humana.

E, por isto, cada vez que um de seus defensores sucumbe, um pequeno pedaço da humanidade com ele parte. Investigar o crime infame, punir os responsáveis, e refletir sobre os equívocos que nos trouxeram até aqui, é o mínimo a ser feito, em nome das vítimas de hoje e de sempre e da própria sociedade. As mortes e atentados aos direitos humanos precisam cessar, para que o Brasil sobreviva.

Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul – Ajuris