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Gre-nal da paz, por Marco Aurélio Martins Xavier

Gre-nal da paz, por Marco Aurélio Martins Xavier

Artigo de autoria de Marco Aurélio Martins Xavier, titular do Juizado do Torcedor e Grandes Eventos, publicado no jornal Zero Hora desta terça-feira (3/3).

Profundo conhecedor das consequências da violência do futebol, o juiz Marco Aurélio Martins Xavier, titular do Juizado do Torcedor e de Grandes Eventos de Porto Alegre, saúda a união de gremistas e colorados no espaço da torcida mista na Capital. Entende que é o primeiro passo para recuperarmos o convívio pacífico entre adversários.

O Gre-Nal da Paz, deste domingo, foi uma das iniciativas mais felizes e edificantes na pacificação nos estádios. Quem aprecia o futebol sabe, esta iniciativa revive uma realidade não muito distante nos estádios gaúchos, que sempre foi muito pródigo nas rivalidades clubísticas, porém sem que isto impedisse o convívio pacífico entre adversários.

Quantos de nós não sentem saudades dos jogos na companhia de amigos, exercitando paixões genuínas, em períodos nos quais a tônica era o bom humor e o divertimento, independentemente da vitória ou da derrota no campo. Esta iniciativa tem o mérito de nos devolver esta experiência, que recoloca o futebol na posição que deve ocupar, no palco das nossas emoções.

A franquia de torcedores rivais no mesmo espaço é uma atitude de valor simbólico inestimável, na exata medida em que demonstra que as rivalidades clubísticas são diferenças menores, em especial frente à magnitude das relações humanas sadias e permeadas pelo respeito mútuo. Some-se a isso que debela um dos maiores males que permeia o futebol, que é o fanatismo, fonte de insanidade e violência, que nada dizem do que é o prazer do “mundo da bola”.

Rogo para que esta iniciativa seja compreendida por todos como um primeiro passo na luta de todos em prol da pacificação nos estádios. Futebol é um mundo efêmero, de alternâncias, o que nos deve desafiar a reflexão e o respeito, tanto na vitória como na derrota. Trata-se de um espaço de felicidade, que não se compra com nenhuma forma de fanatismo, ou de agressão.

Que seja o primeiro passo na busca de uma convivência sadia com as divergências, e que nossas afeições clubísticas sejam sempre um espaço de enlevo da alma, como devem ser todas as nossas mais caras paixões.

 

Marco Aurélio Martins Xavier

 

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