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Estudo nacional sobre Mediação evidencia práticas gaúchas

Estudo nacional sobre Mediação evidencia práticas gaúchas

O Estudo Qualitativo sobre Boas Práticas em Mediação no Brasil destacou algumas ações promovidas pelo Judiciário gaúcho – uma delas, de Caxias do Sul, foi classificada entre as cinco melhores do Brasil. A pesquisa foi feita em parceria da Secretaria de Reforma do Judiciário com o Centro Brasileiro de Estudos e Pesquisas Judiciais e a Fundação Getúlio Vargas.

A Casa de Mediação da OAB/RS, em Porto Alegre, é uma das boas práticas citadas no relatório. Inaugurada em março de 2011 com o apoio do Ministério da Justiça, a Casa de Mediação da OAB/RS pres­ta atendimento gratuito às pessoas em situação de vulnerabilidade so­cial para solução de conflitos e para a democratização do acesso à Justiça. Recentemente, foi firmado um convênio com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, para que este encaminhe conflitos para resolução.

Em Bagé, o programa Justiça Comunitária (Mediação Co­munitária) foi destacado. Implantado em 2010, com apoio do Ministério da Justiça (PRONASCI) e da Prefeitura de Bagé, atualmente tem parceria com a Universidade da Região da Cam­panha (Urcamp) e com a Brigada Militar. O Núcleo de Me­diação Comunitária possui uma equipe multidisciplinar formada por advoga­das, psicólogas, assistentes sociais, agentes comunitários, estagiários e voluntários.

Destaque nacional

Já a prática de mediação Caxias da Paz, exercida em Caxias do Sul, foi evidenciada. A prática começou no ano de 2010, com a sensibilização, formação de li­deranças, formação de facilitadores, consultoria de implantação e super­visão de práticas. Depois da consoli­dação da prática e da ampla aceita­ção e participação da sociedade, foi promulgada a Lei Municipal 7.754, de 2014, que instituiu o Programa de Pa­cificação Restaurativa no município de Caxias do Sul, através da instala­ção do Núcleo de Justiça Restaurati­va e das Centrais de Pacificação Res­taurativa.

Leoberto Narciso Brancher, juiz do 1º Juizado Especial Cível de Caxias do Sul, falou sobre a importância do programa estar entre as cinco melhores práticas do Brasil. “Representa um importante reconhecimento da consistência da iniciativa gaúcha, resultante de uma avaliação externa e isenta e de grande credibilidade, feita pela Fudação Getúlio Vargas sob a coordenação de um grupo acadêmico de incontestável autoridade, como são os professores Kazuo Watanabe, Ada Pellegrini Grinover e Maria Tereza Sadek“. E acrescentou: “Importante, ainda, porque uma experiência baseada em Justiça Restaurativa, como é o nosso case, foi incluída como referência em matéria de mediação, pois essas temáticas têm seguido linhas paralelas, e aqui parece que estamos conseguindo construir uma convergência e um reconhecimento disso“.

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJRS) foi um dos apoia­dores financeiros e institucionais dos eventos de divulgação das práticas res­taurativas e dos cursos de formação e capacitação de facilitadores, salienta o Juiz Leoberto. Além dis­so, o TJRS cede espaço físico e estrutura material para o funcionamento da Cen­tral Judicial dentro do Foro de Caxias do Sul.

Para conhecer o trabalho efetuado em todo o a país, acesse o link a seguir: Estudo Qualitativo sobre Boas Práticas em Mediação no Brasil.

 

Texto: Clarissa Cé / TJ/RS

 

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