fbpx

AJURIS reafirma importância de se respeitar independência entre os Poderes

AJURIS reafirma importância de se respeitar independência entre os Poderes

Crise de finanças do Estado não pode ser motivo para mexer nos repasses.

A decisão judicial que proíbe o parcelamento dos salários dos servidores do Estado abriu esta semana um debate perigoso, conforme avaliação da AJURIS. Além da manifestação do secretário da Fazenda, Giovani Feltes, sobre a possibilidade de descumprir a liminar, e de apontar que os depósitos judiciais devem voltar a ser usados, o Governo voltou a falar em mexer nos repasses mensais que são feitos para os demais Poderes.

Para o presidente da AJURIS, Eugênio Couto Terra, deve-se manter a tradição do Estado do Rio Grande do Sul, que sempre foi de respeitar a independência dos Poderes. Em entrevista ao RBS Notícias, Eugênio Terra destacou que, não pode haver essa interferência, “porque se trata de autonomia, cada Poder tem o seu orçamento e dentro disso é autônomo para gerir e atender as suas necessidades”.

O magistrado também afirma que o orçamento foi estabelecido de comum acordo e que houve a aprovação pela Assembleia Legislativa. “Não podemos agora mudar uma decisão, que em última instancia pode interferir no serviço jurisdicional, que é essencial em uma sociedade democrática”.

Além disso, o empenho do Judiciário em busca de eficiência para a prestação jurisdicional no RS tem contribuído com as finanças públicas. O presidente Eugênio Terra, que vem questionando o discurso pessimista e negativista do Governo do Estado (https://ajuris.org.br/?p=18273), destaca que, inclusive, em relação ao pagamento de diárias, em que se adotou no Judiciário o modelo de ressarcimento, o TJ/RS dentro da estrutura do Estado é o que menos gasta com essa despesa. “Em 2014, esse modelo permitiu que se gastasse 60,4% menos do que no ano anterior. Essa é uma excelente iniciativa que deve servir de exemplo. E estamos dispostos a dialogar sobre esse tipo de contribuição.”

O presidente do TJ/RS, José Aquino Flôres de Camargo, na abertura oficial do Ano Judiciário apresentou dados da gestão financeira, informando que a redução nominal do orçamento do Judiciário em 10 anos supera R$ 5 bilhões, mais que o déficit anual do Estado.  E que, em oito anos, as receitas próprias saltaram de R$ 8,76% para 20,54%. Afirmou, ainda, que o Tribunal de Justiça vem fazendo o dever de casa, reduzindo custos e potencializando receitas. https://ajuris.org.br/?p=18661

Confira íntegra da reportagem do RBS Notícias:
httpv://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/rbs-noticias/videos/t/edicoes/v/governo-admite-que-pode-descumprir-decisao-judicial-sobre-salarios-no-rs/4030720/

 

Grasiela Duarte

Departamento de Comunicação
Imprensa AJURIS
51 3284.9141
imprensa@ajuris.org.br