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‘A chama da Justiça’, por Cristiano Vilhalba Flores

‘A chama da Justiça’, por Cristiano Vilhalba Flores

A Associação dos Juízes do RS (AJURIS) estará sempre aberta e disposta a colaborar e a dialogar com a sociedade, pois buscamos todos a mesma finalidade: um Estado onde impere a justiça social, a igualdade material e as liberdades e garantias que decorrem da democracia e de suas instituições. É com esse propósito que assumimos a 39ª gestão desta entidade que é patrimônio das juízas e juízes gaúchos e do próprio Estado e que, em agosto próximo, irá completar 80 anos de existência.

Tenho a mais profunda convicção de que a evolução do nosso país, como uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária, passa também pela firme e comprometida atuação de cada magistrada e magistrado, sejam eles em início de carreira e numa pequena comunidade, sejam eles membros das cortes superiores. Sejamos, portanto, reconhecidos pelos compromissos assumidos com a nossa Constituição Federal e com os acordos firmados pelo Brasil em matéria de direitos humanos. Constituição que coloca a dignidade da pessoa humana como seu fio condutor.  

A carreira da magistratura precisa de profissionais extremamente bem-preparados, bem-remunerados, protegidos e saudáveis. Uma carreira valorizada, com estrutura estatal necessária para a realização do trabalho com qualidade, com segurança pessoal e financeira, é garantia de que o melhores profissionais ingressarão e permanecerão na magistratura gaúcha e possibilitará que se exerça na plenitude a responsabilidade constitucional de servir ao cidadão nas diferentes dimensões de sua vida – como nas questões de família, de saúde, criminais, que envolvem políticas públicas e econômicas –, estendendo um manto que protege a todos, dos vulneráveis aos empreendedores.

A magistratura gaúcha é constituída por gente vocacionada e comprometida. Acima de tudo, o juiz é um pacificador social. E neste papel não basta apenas proferir despachos ou sentenças, pois precisa ser um conciliador, um restaurador, um agente de transformação. Todo juiz e juíza deve ter a chama da Justiça sempre acesa, mesmo em tempos sombrios e principalmente quando o sopro do vento tormentoso pareça querer apagá-la.

Esse é o compromisso da gestão que se inicia na AJURIS e da nossa história de 80 anos.

Cristiano Vilhalba Flores, presidente da AJURIS

Artigo publicado na edição de 2/2/24 do jornal Zero Hora