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Prêmio AJURIS Direitos Humanos anuncia vencedores

Prêmio AJURIS Direitos Humanos anuncia vencedores

Os grandes vencedores do Prêmio AJURIS Direitos Humanos foram anunciados nesta terça-feira (14/12) nas categorias Boas Práticas, Monografia, Fotografia e Jornalismo. Dos 130 candidatos inscritos, foram escolhidos 16 para a fase final. A avaliação ficou sob responsabilidade de 15 jurados, divididos entre as quatro categorias. A divulgação dos campeões foi realizada nesta terça-feira (14/12), em transmissão ao vivo pelo canal no Youtube da Associação.

Durante a abertura do evento, o vice-presidente da AJURIS, Cláudio Martinewski, destacou que os direitos humanos estão presentes na história e no nascimento da Associação. “O momento que vivemos nos desafia. Por isso, resolvemos ampliar nossas categorias para o Jornalismo e Fotografia. Assim, crescemos cada vez mais a discussão acerca dos direitos humanos. Precisamos avançar e essa é uma das formas”, afirmou.

A diretora da Escola da Magistratura da AJURIS, Patrícia Antunes Laydner, celebrou a inclusão de duas novas categorias na edição deste amo: Fotografia e Jornalismo. “A inclusão de novas categorias cria um dinamismo maior ao prêmio. Está no DNA da Escola da AJURIS trabalhar com os direitos humanos e dialogar com a sociedade. Faz parte do nosso viés humanista”, reforçou.

Segundo o diretor do Núcleo de Direitos Humanos do Departamento de Direitos Humanos e Promoção da Cidadania da AJURIS, Daniel Neves Pereira, o reconhecimento dos vencedores representa o fechamento de mais um ciclo do prêmio, que visa incentivar ações que transformem a sociedade. “Por mais um ano, recebemos dezenas de inscrições de projetos que reforçam a ação da humanidade e dos Direitos Humanos. Com essa premiação, a AJURIS busca incentivar para que essas iniciativas sigam fortes”, destacou. Os vencedores receberam mais de R$ 25 mil em prêmios.

Confira as classificações das categorias:

 

Boas práticas:

1º lugar
Arquitetos Voluntários, da Associação Arquitetos Voluntários

O Arquitetos Voluntários, de Porto Alegre (RS), é um coletivo formado com o intuito de construir espaços de descompressão e convivência para profissionais da saúde que atuam na linha de frente de combate à Covid-19 em hospitais gaúchos.

Acesse a página do projeto.

2º lugar
#DomésticasComDireitos, da Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos

O curso #DomésticascomDireitos integra o projeto Mulheres, Dignidade e Trabalho, uma parceria da Themis, de Porto Alegre (RS), com organizações de trabalhadoras domésticas do Brasil, Equador e Colômbia, com apoio da Associação Francesa de Desenvolvimento (AFD) e da CARE International. A formação aborda os principais marcos normativos da área, as formas de organização social para a defesa de direitos e temas como racismo, feminismo e violência no mundo do trabalho.

Acesse a página do projeto.

3º lugar
Só a Solidariedade Não Pode Parar, da Associação do Voluntariado e da Solidariedade 

A Associação do Voluntariado e da Solidariedade (Avesol), de Porto Alegre (RS), é uma entidade de assistência social sem fins lucrativos com foco na economia solidária, voluntariado e assessoramento. Desenvolvida em meio a pandemia, a campanha “Só a solidariedade não pode parar” surgiu com o objetivo de arrecadar doações de equipamentos de EPIs, alimentos, roupas e produtos de higiene, que foram distribuídos para famílias de baixa renda. 

Acesse a página do projeto.

Menções honrosas
Promotoras Legais Populares – (Promotoras Legais Populares: Rompendo barreiras de acesso à justiça)
Passagens – (Somos)

Monografia Jurídica

1º lugar
Violência Letal Contra Mulheres, de Emanuele Oliveira

O trabalho científico propõe a análise crítica da repercussão da ADPF nº 779/DF, que reconhece a inconstitucionalidade da tese da legítima defesa da honra nos crimes de feminicídio perante o tribunal do júri. A monografia analisa como a decisão da irá repercutir no rito processual quando da investigação dos crimes de homicídio contra a mulher por sua condição de mulher. A autora é graduanda de Direito pela UNIJUÍ.

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2º lugar
Apatridia, de Lidia Caroline Ritter Pinto

A monografia apresenta uma pesquisa exploratória com análise bibliográfica  e  documental  da  apatridia,  tendo  como  foco  o  estudo  do  caso  “Niñas Yean y Bosico vs. República Dominicana”. Os resultados evidenciam  que  a  dificuldade  do  processo  de  obtenção  de  nacionalidade  foi  além de  um  ato preconceituoso, tornando-se uma estratégia do Estado para se eximir de seus deveres com os descendentes de haitianos. A autora pertence à Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP). 

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3º lugar
Desdemocratizacão, de Priscilla Silva

A monografia questiona se o processo de desdemocratização, desenvolvido por Charles Tilly, reduz a concretude dos direitos  e  garantias  fundamentais  expostos  na  Constituição  Federal  de  1988. Os resultados evidenciam que o  Brasil se encontra em um processo de desdemocratização, sendo  que  isso  afeta  diretamente  a materialização  dos  direitos  fundamentais  que,  inclusive, nunca foram plenamente efetivados. A autora é graduanda de Direito na UFSM.

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Menção honrosa
Muro no Território Palestino Ocupado (refugiados), de Jéssica Scopel Signorini

Fotografia 

1º lugar
Vila Maria – Protagonista da Clandestinidade, de Jorge Leão

A comunidade Vila Maria surgiu há mais de uma década em uma área de risco à beira do arroio Barnabé, na divisa do Município de Gravataí e Cachoeirinha. As imagens retratram o cotidiano dos moradores que vivem em condições precárias e abandonados pelo poder público. Quando nos referimos a essa comunidade constatamos que, nas casas sem forros, residem sujeitos que vivem daquilo que é possível ter. 

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2º lugar
Brasil, de Edson Soares

O projeto fotográfico nasce a partir da necessidade de expressar mazelas e sentimentos que me atravessaram durante os anos de 2020 e 2021, com o avanço da pandemia e o retrocesso político. As fotos expressam dores, medos e silêncios de um Brasil que nunca foi descoberto, por meio de um povo que desde então tem sido usado. 

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3º lugar
Onde Morar, Marcos Esteves

As imagens retratam os dias e noites de quem dorme nas ruas, sob tetos improvisados por sacos pretos, lonas, marquises, em praças, embaixo de viadutos e pontes. Com a pandemia, a situação de moradores em situação de rua piorou, aumentando a vulnerabilidade e exigindo atuação mais intensa do poder público.

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Jornalismo

1º lugar
Pandemia da Fome, de Ronaldo Ragadali (RPC Foz do Iguaçu – PR)

A reportagem mostra o cenário de extrema pobreza e fome vivenciado por estrangeiros em Foz do Iguaçu (PR). Além dos problemas sanitários, a pandemia de coronavírus também ressalta o crescimento da desigualdade social no país. 

Acesse a reportagem.

2º lugar
O Radinho da Alta, de Larissa Roso e André Ávila (Zero Hora – RS)

A reportagem conta a história da enfermeira Isis Marques Severo, 41 anos, que levava um rádio ao Centro de Tratamento Intensivo (CTI) para Covid-19 do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). O equipamento foi responsável por animar e acalmar pacientes que muitas vezes se viam sem esperança na luta contra a doença. 

Acesse a reportagem.

3º lugar
Queria ser médica, mas não consegui continuar, de Beatriz Jucá (El País – BR)

A reportagem retrata a falta de investimento, estrutura e oportunidade que levam muitos jovens a entrarem em estatísticas de evasão escolar. Com a pandemia, o ensino remoto afastou ainda mais alunos do sistema de aprendizagem. O resultado disso está no Enem 2021, que teve o menor número de inscrições desde 2005.

Acesse a reportagem.

Menções honrosas
Sem home office, de Priscila Mengue (O Estado de S. Paulo – SP)
Quem tem fome não espera, de Iara Alves dos Santos (Jornal da Paraíba – PB)