23 nov Magistrados apresentam experiências da Justiça Restaurativa no RS
Dentro das comemorações de 10 anos da Justiça Restaurativa no Brasil, que iniciou a partir de ações da AJURIS, os magistrados gaúchos apresentaram, na tarde desta segunda-feira (23/11), no auditório da Escola Superior da Magistratura (ESM/AJURIS), os resultados do primeiro ano de implantação do programa Justiça Restaurativa para o Século 21 do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ/RS). As palestras, abordando as experiências e aplicação da prática em diversos contextos, contaram com um célebre ouvinte: o professor norte-americano Howard Zehr, referência mundial no tema.
Durante a abertura, Zehr salientou a boa impressão causada pelos projetos desenvolvidos no Estado. “É uma honra e um privilégio estar na comemoração dos 10 anos. O que está acontecendo aqui é extraordinário”, saudou. O professor também destacou a importância dos preceitos dos métodos restaurativos para o atual momento vivido pela humanidade. “A sociedade moderna tem nos afastado do que realmente importa e a Justiça Restaurativa tem nos resgatado. Esses valores devem ser reativados e colocados em prática”, apontou.
Coordenador do programa Justiça Restaurativa para o Século 21 do TJ/RS, o juiz Leoberto Brancher relatou o papel no Núcleo de Estudos da Escola da AJURIS na formação de instrutores e na construção do conhecimento sobre o tema. “Foi aqui, nesta casa de Justiça, que ao longo de 10 anos nos encontramos e aprendemos juntos. Nós esperamos que a experiência do Rio Grande do Sul possa ser mais um tijolo nesta grande obra que é a Justiça Restaurativa”.
Representando a AJURIS, o diretor da Escola Superior da Magistratura, desembargador Cláudio Martinewski, saudou o fato de o auditório da ESM estar lotado para ouvir as experiências da implementação das práticas restaurativas. Nesse sentido, a coordenadora do Núcleo de Justiça Restaurativa da ESM, juíza de Direito Vera Lúcia Deboni, falou sobre o pioneirismo da Escola da AJURIS que, em 2005, se aprofundou na teoria e prática dos métodos restaurativos. A magistrada destacou, ainda, a importância da obra Trocando as Lentes, escrita por Zehr. “Queremos lhe mostrar como esse livro nos guia”, disse, se dirigindo ao professor.
No Brasil para uma série de eventos, Zehr palestra logo mais, às 19h30, sobre as práticas restaurativas como uma nova concepção de Justiça. A conferência será realizada no auditório principal do Foro Central II (Rua Manoelito de Ornelas, 50). No local, no entanto, as vagas já estão esgotadas. O evento será retransmitido por um telão e com tradução simultânea no auditório da Escola da AJURIS (Rua Celeste Gobbato, 229).
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