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Feminicídio inspira obras que estão na Pinacoteca da AJURIS

Feminicídio inspira obras que estão na Pinacoteca da AJURIS

Inspirada em fotos buscadas no Google a partir da pesquisa “assassinada pelo marido” a exposição Até que a morte nos separe, da artista Graça Craidy, é um convite à reflexão. As obras expostas na Pinacoteca da AJURIS até 8 de maio, compõem parte do trabalho artístico de Graça, que é destinado à chamar atenção para crimes de feminicídio, cometidos contra mulheres em decorrência de violência doméstica ou de discriminação de gênero. “Eu sempre vou usar uma parte da minha arte para essa questão”.

A artista, selecionada pelo Edital 2015 da Pinacoteca, destaca ainda a importância do ambiente da exposição, que fica na Escola da AJURIS. Segundo ela, o local é muito importante, justamente por estar ligado a atividade do juiz, “que é o supremo defensor da lei e dos direitos”, e tem tudo a ver com essa questão da mulher, que é muito séria. “Aparentemente a mulher ganha terreno em alguns aspectos, mas perde justamente porque tem um machismo um arcaísmo embutido nesse modo de tratar a mulher, como se ainda fosse a propriedade do homem”. Já em produção o próximo trabalho da artista será sob a ótica do assédio, da violência e do estupro.

A exposição, que tem curadoria de Marcia Morales, ainda foi composta por músicas de casamento e notícias de feminicídio. Além disso, uma estátua viva caracterizada como Themis recepcionou os convidados. Durante o Happy Hour, o magistrado Pio Giovani Dresch  também autografou exemplares do livro Historinhas para ler durante a audiência dos pais, lançado esta semana.

A vice-presidente Cultural, Jane Vidal, deu as boas vindas a artista que abriu a primeira exposição durante o Happy Hour do Curso de Atualização para Magistrados. A magistrada destacou que sempre se pretende aproximar a AJURIS, a Magistratura da sociedade, da arte. “Essa exposição é impactante. Através de uma bela pintura a gente também sente a dor do que ela está retratando e significando. Somente a arte para transformar a dor em beleza e ao mesmo tempo manter o pedido de mudança”.

Prestigiaram a exposição e o Happy, o presidente da AJURIS, Eugênio Couto Terra, o presidente do TJ/RS, José Aquino Flôres de Camargo, o presidente da AMB, João Ricardo dos Santos Costa, o vice-presidente Administrativo da AJURIS, Gilberto Schäfer, o diretor da Escola, Cláudio Luís Martinewski, os ex-presidentes da AJURIS, Cláudio Baldino Maciel e Pio Giovani Dresch, o diretor de Direitos Humanos, Mauro Borba, o desembargador Aymoré Roque Pottes de Mello, além de magistrados convocados para o CAM.

A diretora da Pinacoteca, Marcia Kern, que também participou da seleção dos artistas que farão as exposições este ano, está em férias e não pode comparecer a abertura.

Além de pintora e desenhista, Graça também é redatora publicitária, cronista e cantora. A exposição pode ser con ferida até 8 de maio de segunda a sexta-feira, das 9 às 18h (Rua Celeste Gobbato, 229, Porto Alegre). Saiba mais sobre a Pinacoteca AQUI.

 

Texto e fotos: Grasiela Duarte
Departamento de Comunicação
Imprensa AJURIS
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