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25 jan Sistema prisional: “Não é a interdição o motivo dos problemas que vêm ocorrendo na delegacia”, afirma juiz
Em entrevista nesta quinta-feira (25/01) para a Rádio Independente, o juiz Luis Antonio de Abreu Johnson, diretor do Foro da Comarca de Lajeado, falou sobre o problema de presos aguardando em cela da delegacia da cidade, até que haja uma vaga no sistema prisional. Para o magistrado, a interdição do Presídio Estadual de Lajeado, com a limitação de presos, em função de superlotação e de condições precárias da estrutura física, não pode ser a responsável pelo que vem ocorrendo nas delegacias.
Na entrevista, que também contou com a participação do promotor de Justiça Ederson Maia Vieira, o juiz falou sobre o embargo, decretado em agosto do ano passado, e que atinge 17 municípios do Vale do Taquari abrangidos pelas comarcas de Estrela, Lajeado e Teutônia. No momento do embargo, o presídio de Lajeado contava com 375 apenados, sendo que a capacidade é 122 vagas. Segundo Johnson, eram de 20 a 25 detentos por cela; a capacidade é de seis. Atualmente, em média, estão de 15 a 16 prisioneiros por cárcere.
O juiz Johnson lembra que a interdição do presídio era postulada pelo Ministério Público desde 2015, mas, naquela ocasião, não atendeu o pedido em função de que estava sendo construída a ala feminina e havia a promessa, por parte do Governo do RS, de melhorias no presídio masculino. Como não se concretizaram, o magistrado entendeu que deveria intervir, por ofício. “Já passados alguns meses, afora iniciativas comunitárias em Lajeado, o Estado não fez nada para melhorar, para apresentar melhorias no sistema prisional”, lamenta.
Ouça a entrevista na íntegra:
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