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Juíza realiza palestras motivacionais

Juíza realiza palestras motivacionais

Encontros com jovens foram realizados em São Francisco de Assis e Manoel Viana

Levar informação e esperança para estudantes do ensino público, na tentativa de motivá-los a lutar pelos seus sonhos, é uma das propostas da juíza Marcela Pereira da Silva, da Vara da Infância e Juventude de São Francisco de Assis, no sudoeste do Estado. Através da palestra Justiça e Cidadania: O Poder Judiciário na Escola, a magistrada busca conscientizar os alunos sobre a existência de uma legislação que não só pune, mas garante direitos, protege e ampara crianças e adolescentes. “Eu prefiro chegar neles antes, a esperar que eles cheguem até mim. Porque quando isso acontece, significa que já existe algum problema”, ressaltou.

Dividida em duas etapas, no início da palestra a fala busca situar os jovens quanto aos direitos garantidos por lei e os caminhos possíveis para garantir o seu amparo. São apresentados, então, os “atores da rede”, pessoas que precisam conhecer e saber que estão lá para protegê-las, como Conselho Tutelar, Assistência Social, Brigada Militar, Ministério Público, Defensoria Pública, bem como a atribuição do juiz. “Acredito no papel transformador da informação e a palestra foi a maneira que encontrei de levá-la até esse público”, frisou a juíza.

Outro momento importante da palestra, que ocorre na segunda etapa, é o papel motivacional por trás do encontro. Segundo a magistrada, o objetivo é evidenciar a existência de profissionais que superaram os obstáculos da vida, independente da natureza, enfocando que a superação por meio da educação é o caminho mais seguro. “É nesse momento que apresento minha história. Deixo de lado o papel de juíza para me apresentar como alguém que sempre estudou no ensino público, assim como eles, e batalhou para alcançar seu sonho, estudando muito”. Durante o encontro, outros exemplos também são evidenciados como forma de incentivá-los a acreditar em um futuro melhor.

A atitude da magistrada é saudada pela Associação. Com ampla atuação profissional na área da infância e juventude, a vice-presidente da Associação, Vera Deboni, lembra que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) foi um importante passo para mudar a forma com que o Estado enxerga os jovens com menos de 18 anos. “Nossa legislação é considerada uma das mais modernas e avançadas nesse âmbito. O que falta é ampliar o acesso a esse tipo de informação e mostrar que existem pessoas olhando pra esses jovens”.

A iniciativa surgiu ainda no segundo semestre de 2016 após um caso específico atendido pela magistrada. Ao questionar um jovem sobre seus objetivos profissionais, a falta de perspectiva da resposta chamou a atenção da juíza, incentivando a criação da palestra. “Isso me fez pensar em quantos estudantes também estariam desestimulados a enfrentar as dificuldades para alcançar seus sonhos. Foi então que me dei conta que precisava fazer algo a respeito”, lembrou.

 

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