04 jul Juiz José Flores, referência nacional nos esportes da magistratura, recebe Comenda da AJURIS
Magistrado aposentado e referência da magistratura nacional na área esportiva, José Antônio Azambuja Flores foi agraciado nesta sexta-feira (4/7) com a Comenda Bonorino Buttelli, concedida pelo Conselho Deliberativo (CD) da Associação dos Juízes do RS (AJURIS) a partir da indicação
unânime de um grupo de ex-presidentes da Associação e integrantes do colegiado. O reconhecimento é reservado a magistradas e magistrados que tenham atuação relevante na vida associativa e no Poder Judiciário.
A entrega da medalha, que simboliza a comenda, ocorreu em uma sessão festiva do CD, presidida pelo juiz Mauro Peil, na Sede Campestre da AJURIS, marcada por depoimentos e lembranças emocionadas dos colegas. Em todos eles, de forma unânime, o homenageado foi saudado como um “agregador”. Junto com o presidente da Associação, Cristiano Vilhalba Flores (que é filho do homenageado), com a vice-presidente Administrativa, Helena Ruppenthal Cunha, e com o vice-diretor da Escola da AJURIS, Daniel Neves Pereira, estiveram presentes associados, integrantes das equipes esportivas da AJURIS (que são lideradas por Flores) e familiares. Também participaram da homenagem os ex-presidentes da AJURIS Vera Lúcia Deboni, Gilberto Schäfer, Eugênio Couto Terra, João Ricardo dos Santos Costa, Denise Oliveira Cézar, Carlos Rafael dos Santos Júnior e José Aquino Flôres de Camargo.
Por vídeo, a coordenadora da Justiça Estadual da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Vanessa Mateus, destacou o papel do homenageado em sua atuação junto à entidade nacional. “O Flores é um símbolo do associativismo que queremos celebrar, pelo senso de pertencimento que ele gera nos magistrados do norte ao sul”, disse. O 1º vice-presidente do Tribunal de Justiça do RS, Ícaro Carvalho de Bem Osório, participou da sessão, representando o Poder Judiciário gaúcho. “Todos que estamos aqui é porque temos muita consideração pelo Flores, não apenas pela sua dedicação ao esporte, mas às relações de amizade com todos nós”, afirmou.
Natural de São Borja, José Flores, 84 anos,chamado pelos colegas de “doutor Flores”, tomou posse como juiz de Direito em junho de 1985, depois de uma carreira de 18 anos como professor de Educação Física do Estado. Foi designado para Itaqui e, em seguida, peregrinou por diferentes Comarcas: Mostardas, Iraí, Cerro Largo, Santo Ângelo, São Borja, Uruguaiana, Seberi, Frederico Westphalen, Guarani das Missões, Catuípe, São Luiz Gonzaga, Giruá e, por fim, Porto Alegre, aonde chegou em maio de 1995 e se aposentou como juiz de entrância final.
Tem um longo currículo de dedicação à causa associativa. Começou a atuar em 1998 na AJURIS como diretor de Futebol. Nos anos seguintes, integrou o Conselho Deliberativo, foi subdiretor da Sede Campestre e, no biênio 2010-11, vice-presidente Social. Hoje, é diretor do Departamento Desportivo da Associação. No mesmo ano começou a atuar na AMB, sempre ligado à área esportiva, construindo um trabalho reconhecido nacionalmente por todas as associações regionais por transformar a promoção do esporte como ferramenta de integração associativa, o que o levou a ser um dos criadores dos Jogos Nacionais da Magistratura. Hoje, é o diretor-geral de Esportes da AMB.
Emocionado, o presidente da AJURIS falou do lado pessoal do homenageado. Disse que todos os colegas sentem o carinho e o cuidado que ele sempre dedicou à família, “por ter um grande coração”. “As palavras de todos me emocionaram e hoje, andando por aí, a gente vê o quando ele é importante para a magistratura nacional: nós exportamos ele além do nosso rincão”, disse Cristiano Vilhalba Flores.
Depois de receber a Medalha Bonorino Buttelli, o doutor Flores falou aos colegas. Lembrou do início da carreira, em São Borja, e contou que sempre procurou unir suas equipes por meio do esporte. Depois, falou de sua chegada à AJURIS, com o ex-presidente Antônio Guilherme Tanger Jardim, quando seguiu ligado à área esportiva. “Nada de faz sozinho, e sou grato a todos que confiaram no meu trabalho”, disse. “Essa homenagem me enche de alegria. Acho que muito do que ouvi aqui sobre meu trabalho é 
exagero, vem da generosidade dos colegas. Mas sempre digo que esporte é vida e pertencimento. Não é despesa, é investimento na saúde mental e física dos magistrados”, afirmou. “Se o que fiz até agora não foi o melhor, foi o melhor que eu pude fazer”, finalizou.
Já receberam a honraria da AJURIS os magistrados Elaine Harzheim, Tael Selistre, Felipe Rauen e Aymoré Roque Pottes de Mello (já falecido). Bonorino Buttelli, que dá nome à Comenda, foi presidente da AJURIS na década de 70.