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Instituições apresentam Frente de Enfrentamento à Mortalidade Juvenil

Instituições apresentam Frente de Enfrentamento à Mortalidade Juvenil

O enfrentamento do alto índice de mortes entre jovens ganha um novo capítulo no dia 25 de maio com o lançamento da Frente de Enfrentamento à Mortalidade Juvenil em Porto Alegre. O encontro irá reunir, além dos jovens, diversas entidades e profissionais que atuam na defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes, a partir das 15h, no auditório Márcio Oliveira Puggina, da Escola da AJURIS (Rua Celeste Gobbato, 229).

Segundo dados do Atlas da Violência 2016, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a crescente criminalização da pobreza e da juventude, juntamente com o racismo institucionalizado, apontam o Brasil como um dos países com mais mortes de jovens no mundo. A mortalidade juvenil é um fenômeno crescente na realidade brasileira. Segundo os dados do Mapa da violência 2016, os jovens de 15 a 29 anos representavam, aproximadamente, 26% da população do país, mas essa faixa é responsável por 60% das vítimas por homicídios acontecidos naquele ano. A cidade de Porto Alegre não foge a essa realidade, com crescentes índices de mortalidade juvenil em todo o seu território.

A Frente tem como um dos seus objetivos o enfrentamento a esse contexto por meio do fortalecimento de políticas públicas para as juventudes em Porto Alegre e do estímulo ao protagonismo juvenil. Acredita-se que o investimento em políticas de proteção social para as juventudes pode ser uma potente estratégia para a redução da violência letal juvenil na cidade.

O juiz do 3º Juizado da Infância e da Juventude, Charles Maciel Bittencourt, que representa a AJURIS na Frente, defende a efetividade de políticas públicas para enfrentar o problema, o envolvimento da sociedade, das famílias e o esclarecimento da opinião pública. “O momento é complexo, mas unindo forças e buscando divulgar também os bons exemplos, aliado a parcerias, boas práticas e integração de todos podemos fazer a diferença”, conclui.

Criada após o aumento significativo da criminalidade em todo o Estado, a Frente constitui-se como um espaço de articulação entre a sociedade civil e o poder público para pensar o problema de maneira coletiva. A iniciativa é do Grupo de Estudos em Juventudes e Políticas Públicas (GEJUP), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Escola de Humanidades da PUCRS, juntamente com o CREAS Norte Noroeste da FASC/PMPA.

Integram a frente profissionais vinculados ao Poder Judiciário, Ministério Público, Prefeitura Municipal (Smed, Fasc, Fase), Polícia Civil, Conselho Tutelar, Instituições de Ensino, que atuam no sistema de garantia de direitos e jovens interessados pela temática.

O evento, aberto ao público, em especial aos jovens, busca também sensibilizar a opinião pública e ampliar a participação da sociedade no combate à violência. Para participar do encontro não é preciso realizar inscrição prévia.

 

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