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Congresso Estadual: Professor destaca desafios frente a redes sociais

Congresso Estadual: Professor destaca desafios frente a redes sociais

O cenário de exigências criado a partir da convivência crescente com as redes sociais e os cuidados diante deste ambiente são pontos que o professor José Rodrigo Rodriguez irá abordar no XII Congresso Estadual de Magistrados.

Mestre em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e doutor em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Rodriguez é professor de mestrado e doutorado na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Ele irá participar do painel Muros e pontes no horizonte dos Juízes, que abre a programação do Congresso no dia 28 de setembro, em Bento Gonçalves.

Para o professor José Rodrigo Rodriguez, a atuação do magistrado vem sendo desafiada para além da esfera profissional. Há a expectativa, segundo Rodriguez, que o juiz concilie ao mesmo tempo em que está julgando ações complexas, tendo que desenvolver habilidades de mediação, que demandam uma especialização maior. Para o professor, talvez fosse o caso de segmentar essa atuação, não só com magistrados, mas com  profissionais específicos para mediação e conciliação, “ao invés de exigir que juízes e juízas tenham tantas habilidades”.

O debate também reunirá a juíza de Direito do Rio de Janeiro, Andréa Maciel Pachá e o doutor em Direito e professor da USP, José Reinaldo de Lima Lopes.

Interlocução com a sociedade

Em entrevista a AJURIS, Rodriguez destacou a  construção de um canal de diálogo, pouco visto na história do país, entre judiciário e sociedade. “O primeiro ponto a ressaltar é que, hoje, o judiciário fala diretamente com a população. Isso é algo inédito”, pontuou.

Segundo o professor, essa aproximação, inevitavelmente, impõe desafios à atuação da Magistratura sobre a forma de interação que deve se estabelecer com a sociedade. “Isso pode contribuir para a construção de um judiciário melhor e mais plural”. Contudo, lembrou que é preciso evitar o populismo. “Não se pode deixar cair na tentação de ser popular o tempo todo. Não é possível atender tudo o que as pessoas querem”, frisou.

Difusão e alcance das redes sociais

“Estamos em um momento muito perigoso, de falsificação de notícias, de perda de credibilidade. O Facebook, especialmente, e outras redes sociais estão em um ponto muito baixo de credibilidade”, alertou o professor.

Segundo Rodriguez, é importante que os profissionais do Poder Judiciário tenham ao seu lado profissionais capacitados para lidar com esses ambientes. “Nenhum juiz, juíza ou Judiciário devem se arriscar nesses ambientes, sem estar assessorado por pessoas, que saibam o que está acontecendo ali”, disse.

“Nós estamos muito vulneráveis, especialmente, quem está em posição de poder. Um juiz que está julgando um caso importante, que envolva interesses maiúsculos, econômicos. Se ele se expor nas redes e começar a ser alvos de ataque, a perda de credibilidade é inevitável”, avaliou.

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