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AJURIS prestigia lançamento de relatório da ALRS sobre os Anos de Chumbo

AJURIS prestigia lançamento de relatório da ALRS sobre os Anos de Chumbo

A diretora do Departamento de Direitos Humanos da AJURIS, Karen Luise Vilanova Batista de Souza Pinheiro, representando a Direção da associação, participou, na manhã desta segunda-feira (09/04), do lançamento do Relatório Final da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos – Subcomissão da Memória, Verdade e Justiça da Assembleia Legislativa do RS.

A data do lançamento não foi escolhida por acaso. Neste mesmo dia, em 1964, foi editado o primeiro Ato Institucional, documento que atacou a democracia com cassações de mandatos políticos, demissões e perseguições aos inimigos do regime militar que se instalara no país.

A publicação apresenta 13 depoimentos, 11 deles de pessoas que foram perseguidas, cassadas, presas e torturadas, além de documentos sobre os delitos praticados no período da ditadura militar no Rio Grande do Sul e no resto do país. A publicação também faz um histórico dos antecedentes ao Golpe de 1964, como a resistência gaúcha da Legalidade, em 1961.

A cerimônia foi aberta com o músico Raul Ellwanger entoando a canção “Eu só Peço a Deus”, um hino de resistência, e o lançamento foi conduzido pelo deputado estadual Pedro Ruas (PSOL), presidente e relator da Subcomissão da Memória, Verdade e Justiça, que também esteve acompanhado do desembargador Carlos Roberto Lofego Caníbal, representando o Tribunal de Justiça do RS.

Ruas falou da importância do resgate dessas histórias e do árduo trabalho de busca por documentos que comprovam perseguições e torturas sofridas por trabalhadores e estudantes contrários ao regime de exceção. “O Brasil de hoje exige o mesmo caráter de luta e combate daqueles anos”, comentou o jornalista Sérgio Luiz Bitencourt, que foi preso e torturado em 1972. Também relataram alguns dos ocorridos, tanto no livro como no lançamento hoje, o médico Bruno Mendonça Costa; o historiador e político Raul Carrion; o professor e político  Raul Pont; e a militante dos Direitos Humanos Suzana Lisboa.

Para a diretora de Direitos Humanos da AJURIS, o relatório tem a pertinência de nos lembrarmos a luta e o sofrimento de muitos em prol da liberdade que hoje usufruímos. “Não é apenas um documento sobre um passado recente, mas um alerta para que nunca mais volte a acontecer. O registro de tantas histórias é memória e lição. Jamais devemos esquecer daqueles tempos”, disse a diretora.

A mesa ainda foi composta por nomes como o jornalista Flávio Tavares, que acompanhou de perto o episódio da Legalidade; e a vereadora Fernanda Melchionna, que lembrou que o país está há 26 dias sem respostas sobre os assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes no Rio de Janeiro.

 

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