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Luiz Fux destaca que novo CPC garantirá mais celeridade ao Judiciário

Luiz Fux destaca que novo CPC garantirá mais celeridade ao Judiciário

Ministro do STF esclareceu que novo código pode ter adequações.

Celeridade, objetividade e eficiência foram apontados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux como os ganhos do novo Código de Processo Civil (CPC) para o Judiciário e a sociedade. O ministro proferiu palestra sobre o tema nesta segunda-feira (9/5) em evento conduzido pelo presidente do Tribunal de Justiça, Luiz Felipe Silveira Difini. O vice-presidente de Patrimônio e Finanças da AJURIS, Flávio Mendes Rabello, acompanhou a palestra, que integra a 32ª edição do Projeto Horizontes do Conhecimento, organizado pelo Centro de Estudos do TJ/RS.

Acerca do teor do novo CPC, o ministro destacou que a principal diretriz que norteou a redação foi superar entraves ao cumprimento do disposto no artigo 145 da Constituição Federal, sobre a duração razoável do processo, o que, na avaliação de Fux, gera insatisfação da sociedade em relação ao Poder Judiciário.

Conforme apontou o magistrado, as principais barreiras a serem vencidas dizem respeito ao excesso de formalidades, à prodigalidade recursal e à litigiosidade desenfreada. Buscou-se, desta forma, uma proposta que adotasse uma nova principiologia, de maneira a tornar mais célere e objetivo o andamento do processo. “Há nele (novo CPC) vários instrumentos que viabilizam a razoável duração do processo”, ressaltou o ministro.

Outro aspecto observado na elaboração do novo código, segundo o ministro Fux, foi a necessidade de conferir maior objetividade em relação ao julgamento de demandas repetitivas, que sobrecarregam o Judiciário. Com este intuito, o Novo CPC prevê instrumento para tratar das demandas de massa, o chamado incidente de resolução de demandas repetitivas. O instituto jurídico estabelece o julgamento das questões comuns em demandas repetitivas para os juízes de segundo grau, definindo uma espécie de “procedimento padrão”.

Em linhas gerais, o novo código prevê mais agilidade e eficiência na condução dos processos, além de destacar a figura do magistrado como facilitador na construção das soluções. “O juiz deve ser o artesão da solução do caso concreto”, aponta Fux. O ministro esclareceu que, por se tratar de nova proposta, o teor do código poderá sofrer adequações, nos casos em que for observada a necessidade de aperfeiçoamento de dispositivos.

Após a palestra, o ministro concedeu entrevista coletiva, na qual afirmou que as eventuais contestações acerca do novo CPC, algumas já expressas através de ações ajuizadas no STF, deverão ser bem absorvidas com o decorrer do tempo. Ressaltou, ainda, que parte dessas contestações deve-se à ênfase dada no CPC ao princípio do contraditório, que determina que sejam ouvidas ambas as partes; nesta medida, é preciso cuidado para que a prestação jurisdicional “seja bem sólida”, ainda que efetivada num prazo mais rápido.

O ministro, que é Doutor em Direito Processual Civil e presidiu a comissão de juristas responsável pelo anteprojeto de reforma do novo CPC, relatou o histórico de tratativas, debates e audiências públicas que envolveram o processo de elaboração. Dentre elas, citou a audiência pública realizada em 2010 no TJ/RS, da qual participaram Magistrados, Advogados, membros do Ministério Público, Defensores Públicos, Procuradores do Estado, Professores e estudantes de Direito, e na qual foram discutidos os dispositivos e recolhidas sugestões para incluir no anteprojeto.

Também prestigiaram o debate a secretaria geral da AJURIS, Geneci Ribeiro de Campos, o sub-diretor do Departamento de Valorização Profissional e de Basquete, Alexandre Kreutz, e a diretora do Departamento de Estudos Estratégicos, Cíntia Mua.

Juliana Campani
Departamento de Comunicação
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